Enquanto assistia as crianças correndo, uma borboleta me surpreendeu com algo que faz parte de sua natureza, sim, ela estava voando, batendo asas, borboletando! Olhei para o inseto, movimentando-se entre as correntes de ar, parei e dei asas, não para ele, pois ele já as tinha, mas para minha imaginação.
Pus-me quieto, em um canto, e mergulhei num imaginário no qual realidade e ficção se misturaram. Visitei lugares inimagináveis, conheci pessoas inesquecíveis, tive paixões intermináveis e amores desprezíveis. Venci minhas fraquezas, encarei meus medos, tornei-me forte, mais e tão forte que fui capaz de reconhecer todas as minhas fragilidades.
Por um instante pensei que aquela tarde nunca acabaria... Somente quando a criança que corria em torno do sol terminou sua volta foi que pousei na terra, olhei para o chão e lá estava, caída, completamente paralisada, nem o vento movia suas asas.
Então, logo, percebi que a borboleta tinha partido, a tarde havia acabado e as crianças haviam dormido.
Precisamos devanear de vez em quando, mesmo que só em poesia. Adorei Nonato, me faz lembrar uma conversa que tivemos sobre eu-lírico e autor. Às vezes até eu confundo você com ele, kkkk Parabéns!
ResponderExcluirOi Gi,(Eu)acredito que esse tom confessional: "uma borboleta me surpreendeu com algo que faz parte de sua natureza," tenha criado essa confusão que vive me atordoando e confundindo também. Não eu sei te dizer quem escreve mais... rsrsrs
ResponderExcluirObrigado,
Beijos